Bovinos, bubalinos, equídeos, ovinos e caprinos, criados nos municípios de alto risco, deverão ser obrigatoriamente vacinados contra a raiva
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informou que o Estado possui 119 cidades classificadas como de alto risco para a raiva dos herbívoros, para os quais a vacinação continuará obrigatória. O número foi atualizado e diminuiu dois municípios que a listagem anterior, que somava 121, foi publicada no Diário Oficial.
Para determinar os municípios considerados de alto risco para a doença, os técnicos da Agrodefesa levam em conta o Manual Técnico para controle da raiva dos herbívoros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além do potencial zootécnico da raiva, a dinâmica na distribuição da enfermidade em território goiano e a necessidade de revisão dos municípios com alto risco.
Goiás possui segundo maior rebanho bovino do Brasil, estando atrás somente do Mato Grosso, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Imunização:
A Normativa estabelece que, no mês de maio, os bovinos, bubalinos, equídeos, ovinos e caprinos de todas as idades, criados nos municípios classificados como de alto risco, deverão ser obrigatoriamente vacinados contra a raiva.
A vacina deve utilizar vírus inativado, com dosagem de 2 ml, aplicada por via subcutânea ou intramuscular. Já no mês de novembro, também será obrigatória a vacina em animais das mesmas espécies, mas com idade entre zero e 12 meses.
Os produtores de municípios de alto risco que não vacinarem seus rebanhos nas etapas obrigatórias terão seus animais submetidos à vacinação assistida por servidor da Agrodefesa, seguida de penalidades como bloqueio de trânsito/movimentação de animais em caso de não vacinação/declaração. Somente após a declaração de rebanho e vacinação a propriedade será liberada para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA).
Vigilância:
Nos municípios considerados de baixo risco será mantida a vigilância epidemiológica, objetivando a detecção de eventual introdução da enfermidade. Na execução desta tarefa, os profissionais da Agrodefesa adotarão as medidas de controle definidas no Manual Técnico. Também compete à Agência avaliar anualmente o comportamento da raiva no estado de Goiás para fins de deliberação sobre as alterações dos municípios de risco ou para proposição de medidas de controle.
Além da vacinação, é obrigatória também a declaração de todos os animais da propriedade, neste caso abrangendo todo o estado, e, em particular, dos animais vacinados contra a raiva nas localidades com alto risco. Os criadores precisam informar todas as espécies, idades e categorias.
Ricardo Lima / Fonte: Jornal O Hoje.