A projeção é do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aumentou de 23 para 37 ministérios, para acomodar aliados na sua próxima gestão. O aumento de 14 novas pastas deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 4 bilhões em quatro anos de mandato. Isso significa um custo anual de R$ 500 milhões, segundo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).
“Estamos falando de 14 novos ministérios: o valor total pode chegar a meio bilhão de reais por ano”, disse o ministro. “São R$ 2 bilhões em quatro anos, com todo o custo pago por você [pagador de impostos]. E tudo isso sem garantia de entrega, somente de despesa. Gastar mais para entregar menos. Abre o olho, Brasil.”
Nogueira cita, também, que cada ministério tem os servidores que compõem o núcleo duro. “Um secretário-executivo custa cerca de R$ 290 mil por ano; o executivo-adjunto, R$ 285 mil por ano; subsecretários e assessores especiais, R$ 240 mil por ano. E nem incluímos os demais servidores”, disse ele, acrescentando que a soma dos funcionários deve chegar a R$ 12 milhões por ano para cada pasta.
“Lembre-se, isso ainda não inclui infraestrutura, local, veículos, passagens, auxílios e outros benefícios necessários para formar um ministério”, destacou Nogueira. “Se estimarmos que essa estrutura custará mais de R$ 20 milhões anuais, o valor total pode chegar a R$ 35 milhões por ano, por ministério.”
O salário mensal de um ministro é de R$ 31 mil — além de décimo terceiro (R$ 31 mil), um terço de férias (cerca de R$ 10 mil) e auxílio-moradia (R$ 7 mil). Nesse caso, relatou Nogueira, o custo adicional é de cerca de R$ 500 mil por ano para cada ministro.
Lula terá mais ministérios que em 2003 e 2006:
O governo eleito terá recorde de pastas para acomodar aliados
Pressionado a cumprir as promessas de cargo durante a campanha presidencial e construir uma base aliada no Congresso no seu terceiro mandato, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está com dificuldades de encaixar sua equipe de apoiadores, mesmo aumentando o número de ministérios e secretarias.
O petista ainda não conseguiu acomodar todos os aliados e só deve terminar de compor a equipe a menos de uma semana do início do governo. A cota pessoal de Lula e os ligados ao núcleo principal do PT já preencheram as vagas prometidas.
Lula esperou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Gastança para iniciar a montagem do time que vai compor o governo. A PEC garantiu espaço extra no teto de gastos de R$ 145 bilhões no próximo ano. Para ocupar os 37 ministérios previstos, ainda faltam 16 nomes, que Lula prometeu anunciar logo após as festas natalinas.
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“Nós estamos tentando fazer um governo que represente, no máximo que a gente puder, as forças políticas que participaram conosco da campanha”, justificou o presidente eleito.
Conforme noticiou a Revista Oeste, a futura gestão vai promover uma farra de gastos sustentando até ministérios para acomodar integrantes do Movimento dos Sem Terras (MST) e sindicalistas, além de aumentos de salários e diversas ações assistencialistas como o Bolsa Internet.
Ricardo Lima / Fonte: Redação Oeste