Fernando Magalhães é suspeito de ter ligações com o PCC
O advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães, que atuou na defesa de Adélio Bispo, é um profissional criminalista de Minas Gerais que mantém um escritório na cidade mineira de Lagoa Santa. Ele atua em várias áreas além de criminal, como família, trabalhista, civil, comércio exterior e outras. As informações são do UOL.
O nome do profissional de Direito passou a ser destaque na imprensa nesta terça-feira (11) após uma operação da Polícia Federal (PF) que aponta para uma suposta ligação entre Magalhães e Primeiro Comando da Capital (PCC).
A PF encontrou indícios de que o advogado esteve envolvido na lavagem de dinheiro para o PCC, utilizando recursos provenientes do tráfico de drogas. Apesar desta ligação, as investigações concluíram que não há evidências de que a facção criminosa tenha financiado a defesa de Adélio.
Além de defender o ex-filiado do PSOL, Fernando Costa Oliveira Magalhães também defendeu o ex-policial militar Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, no processo relacionado ao homicídio e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, modelo e ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. O crime ocorreu em 2010, e Bola foi condenado a 22 anos de prisão em 2013.
DOADOR ANÔNIMO E AUTOPROMOÇÃO:
Magalhães não defendeu Adélio Bispo sozinho, outros três advogados trabalharam no caso: Zanone Manuel de Oliveira Junior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, e Marcelo Manoel da Costa. A investigação da PF apontou que todos eles buscaram notoriedade pública ao defender Adélio. Em entrevista à BBC Brasil em 2018, Oliveira Junior admitiu que aceitar o caso fazia parte de uma estratégia de autopromoção profissional. Os honorários advocatícios foram pagos por um doador anônimo.
LIGAÇÃO COM O PCC:
Na operação deflagrada nesta terça, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em cidades mineiras, incluindo Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. Itens como uma aeronave com as iniciais de Fernando Magalhães na fuselagem, avaliada em cerca de R$ 1 milhão, foram apreendidos por suspeita de origem criminosa. Além disso, bens no valor total de R$ 260 milhões foram bloqueados, e 24 estabelecimentos comerciais tiveram suas atividades lacradas e suspensas.
Ricardo Lima / Fonte: Redação “PlenoNews”.