Decisão de relator de recurso aumenta pena de político goiano, que é defendido pelo popular Antônio Carlos de Almeida Castro “Kakay”. Juiz pediu vistas, que motivou suspensão de processo.
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) iniciou, ontem, quarta-feira, 28, o julgamento de recurso impetrado pelo ex-governador Marconi Perillo para que a Justiça anule sentença criminal.
O desembargador relator aumentou a pena do político para oito anos de prisão.
Após denuncia do Ministério Público Eleitoral, a Justiça goiana apurou crimes de associação criminosa e fraude processual nas eleições de 2006, em que Marconi se elegeu senador e seu companheiro Alcides Rodrigues como governador.
Para o Ministério Público, Marconi Perillo era mentor e principal beneficiário “de um esquema de captação ilícita de recursos, utilização de notas fiscais frias, pagamento de despesas de campanha por meio de “laranjas”, e outras fraudes eleitorais”.
Para o relator Luiz Eduardo de Sousa, o TJ-GO deve confirmar que Marconi “exercia a chefia dos seus associados” na prática de delitos.
O desembargador relator entendeu que Marconi agia como líder do grupo criminoso para tentar se manter no poder. No total, ele requer que a pena seja de oito anos de reclusão e multa de R$70.350,00.
O juiz Átila Amaral pediu vistas do processo e assim ocorreu a suspensão temporária do julgamento.
Marconi é defendido pelo famoso advogado de políticos, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Ele fez sustentação oral de Nova York e alega inocência do ex-governador.
Em caso de condenação ficam suspensos os direitos políticos do condenado.
Ricardo Lima / Fonte: Jornal “Diário da Manhã”