Seja por pré-candidaturas definidas ou por simples recuos, diversos nomes já abandonaram a ideia de concorrer ao Paço
Goiânia reuniu uma grande quantidade de pré-candidatos à prefeitura a um ano das eleições. Contudo, já neste momento tiveram baixas e outras ainda devem ocorrer.
No PT, a pré-candidata a deputada federal Adriana Accorsi foi confirmada, o que deixou dois “companheiros” pelo caminho. Antes no páreo, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente de deputado federal, Edward Madureira, e o deputado estadual Mauro Rubem recuaram da disputa para caminhar com a congressista.
Na federação com o PT estão o PCdoB e o PV. As siglas também têm pré-candidatos, que podem recuar – apesar de ainda aguardarem mais discussões internas. São eles: Fábio Tokarski (PCdoB) e Cristiano Cunha (PV).
Outro partido que está praticamente definido é o PL. A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro deve ter o deputado federal Gustavo Gayer na corrida eleitoral pelo Paço. Com isso, o deputado estadual Eduardo Prado, que também tinha colocado o nome à disposição, fica de fora.
Base caiadista:
Na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), enquanto o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil), mantém firme a articulação para concorrer ao Paço, alguns nomes ficam de fora. Ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB) colocou o nome à disposição, mas esfriou e segue incerto após declarações fora de hora – ele chegou a dizer que estava certo como nome de Caiado.
Ainda pelo MDB, a filha do ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Iris Rezende, a advogada Ana Paula Rezende anunciou que não concorreria e mantém a posição. Ela agradeceu o apoio de Caiado e do vice-governador, Daniel Vilela (MDB), mas preferiu não tentar a cadeira do Executivo municipal, neste momento – nos bastidores, ainda acreditam que ela pode ser convencida.
Mas quem também tentou emplacar o nome pelo partido, mas desistiu pouco tempo depois foi o suplente de deputado federal, Felipe Cecílo. O neto de Mauro Miranda e Jamel Cecílio chegou a criticar Jânio ao Jornal O Hoje e a dizer que manteria a pré-candidatura até o fim. Ele recuou pouco tempo depois.
No PRD, mas quase retornando ao MDB, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, quer entrar na disputa. Ele, todavia, esbarra no “prefeito itinerante” e depende de uma autorização da Justiça, que parece difícil. Ainda não há posição oficial, mas juristas veem com poucas possibilidades a autorização para ele disputar um terceiro mandato de chefe de Executivo municipal.
Há, ainda, o caso do secretário de Infraestrutura, Pedro Sales. Ele não colocou o nome à disposição, mas foi ventilado e incentivado pela base caiadista. Com as movimentações de Bruno, as conversas esfriaram e não se fala mais nele.
PSDB:
No PSDB, são três pré-candidatos: a vereadora Aava Santiago, o jornalista e suplente de deputado federal Matheus Ribeiro e o ex-deputado federal e ex-vice-prefeito de Goiânia, Valdivino de Oliveira. A sigla, é preciso dizer, é federada com o Cidadania.
O tucanato não teve baixas até o momento, mas o Cidadania defende que o PSDB não lance cabeça de chapa. O partido, presidido por Gilvane Felipe, quer que os tucanos apoiem a candidatura de Adriana Accorsi.
A situação é complicada, pois, apesar dos argumentos de Gilvane, o PSDB é oposição ao PT nacionalmente. O governador Marconi Perillo assumiu o comando da legenda, justamente, por poder fazer esse papel, que era mais difícil para o ex-presidente, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite – por ser gestor estadual, não poderia se opor firmemente ao presidente Lula (PT).
Além disso, o presidente estadual Hélio de Sousa defende que o partido concorra. Especialmente para “aparecer”, visto que a sigla vem em queda nos últimos anos. De qualquer forma, mesmo que dispute, será apenas um nome no páreo.
Ricardo Lima / Francisco Costa – Jornal “O Hoje”.