Documento pedindo esclarecimentos é assinado pelos senadores Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues
Jair Bolsonaro voltou a rebater, ontem, sábado, 10, os ataques dos responsáveis pela condução dos trabalhos da CPI da Covid no Senado.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente reiterou que não responderá à carta endereçada a ele pelo chefe da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), também assinam o documento o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na carta, os comandantes da CPI pedem esclarecimentos ao presidente sobre a compra de vacinas contra a covid-19.
“Não tenho obrigação [de responder]. Vou responder para três bandidos? Não vou responder”, afirmou Bolsonaro.
Durante a entrevista, o presidente classificou como “fantasiosa” a investigação da CPI sobre as negociações envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.
“A compra seria de 400 milhões de doses. A compra teria 1.000% de superfaturamento. É isso o que a CPI andou falando. Assinei medida provisória de R$ 20 bilhões para comprar vacina para todo mundo. Como ia fazer uma nova MP de R$ 280 bilhões? É absurdo. É história fantasiosa”, disse.
Em relação às denúncias do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que disse ter afirmado para Bolsonaro, em reunião com o presidente, que havia irregularidades nas negociações do Ministério da Saúde para a aquisição das vacinas, o presidente afirmou:
“Eu tenho reunião com 100 pessoas por mês sobre os mais variados assuntos. Eu não posso, qualquer coisa que chegue a mim, tomar providência imediatamente. Tomei providência nesse caso”.
Ricardo Lima / Fábio Matos “Revista Oeste”