Aeronaves ajudam bombeiros, brigadistas e voluntários a combaterem as chamas. Segundo ICMBio, aviões levam cerca de três mil litros de água para jogar em áreas incendiadas.
O incêndio que atinge a Chapada dos Veadeiros há quase uma semana teve novos focos neste sábado (18) e já consumiu mais de 15 mil hectares da vegetação. Aeronaves ajudam bombeiros, brigadistas e voluntários a combaterem as chamas.
Segundo o coordenador de prevenção e combate a incêndios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, três aeronaves levam cerca de três mil litros de água para jogar em áreas incendiadas e também ajudam na visualização dos locais.
“A função principal dos aviões é resfriar as chamas para que os brigadistas em solo consigam extinguir, além, claro, da possiblidade de monitoramento para definição das estratégias”, disse.
Na manhã deste sábado, as equipes concentraram os esforços no combate a dois focos de incêndio. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiro, Luiz Antônio Araújo, os trabalhos foram concentrados às margens do Rio dos Couros e Rio Tocantinzinho e na região dos Cristais, em Alto Paraíso de Goiás.
“Iniciamos o dia com duas frentes de incêndio, definimos estratégias de combatermos essas duas frentes com força total”, disse.
Bombeiros combatendo incêndio na Chapada dos Veadeiros, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
No período da tarde, as equipes se empenharam em mais dois novos focos que surgiram: um deles em uma região conhecida como Oca e outro no Rio dos Couros. Segundo os bombeiros, o fogo também chegou perto de pontos turísticos conhecidos da Chapada dos Veadeiros, como a Cachoeira do Segredo.
“Na região do Segredo, estamos retornando monitoramento, pois foi avistada muita fumaça, só que é uma região de difícil acesso, a gente vai precisar de mais tempo para monitorar isso de forma adequada e verificar se são fumaças de braseiros ou da área queimada ou se se trata de um novo foco”, disse.
Helicóptero do Corpo de Bombeiros ajuda no combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros Goiás — Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros
No Vale da Lua, onde o incêndio começou no último domingo (12), imagens do alto mostram o tamanho da destruição.
De acordo com as equipes, a maior preocupação é evitar que as chamas avancem pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Em 2017, um incêndio de grandes proporções destruiu parte do local.
Com os incêndios controlados, as principais atrações turísticas na região seguem funcionando normalmente.
Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, o que a corporação pede aos turistas é que tomem cuidado e fiquem atentos aos avisos de perigo, caso novos focos de queimada sejam registrados.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Hoje, os turistas eles estão seguros para visitarem os atrativos turísticos tendo em vista que os focos de incêndio estão há quilômetros de distância desses atrativos”, contou Luiz Antônio.
O advogado João Brigido Pinheiro disse que acredita que, como a região é grande, tem muitas cachoeiras para serem visitadas.
“Apesar de a gente falar muito de onde teve incêndio né, tem várias outras cachoeiras, a chapada é enorme. Então, tem muita coisa para fazer aqui”, disse o turista.
Incêndio
O fogo começou no Vale da Lua no domingo (12). Cerca de 100 turistas que estavam no local ficaram isolados na área devido ao fogo. Eles tiveram que esperar cerca de 1h30 para serem resgatados.
No mesmo dia, um brigadista voluntário ficou ferido ao cair no fogo enquanto ajudava no combate ao incêndio. Ele escorregou de uma ribanceira e caiu dentro do fogo, foi atendido em um hospital e liberado em seguida para seguir tratamento em casa.
Na quarta-feira (15), o incêndio provocou o fechamento do Parque Estadual Águas do Paraíso, pois uma linha de fogo com 7 km de comprimento começou a se aproximar da unidade.
Na sexta-feira (17), Agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, monitoram por satélite o incêndio.