Petistas querem aliança entre PT, PSDB e PSB pra garantir palanque eleitoral pra Lula da Silva em Goiás. Rubens Otoni é cotado pro Senado e Edward Madureira pra vice
O Jornal Opção conversou com quatro petistas na semana passada. Eles postulam que o PT não prevê lançamento de candidato a governador em 2026, daqui a um ano e sete meses. A intenção é unir-se a um político com relativa força e garantir um palanque para o candidato do partido a presidente da República, possivelmente o presidente Lula da Silva, do PT.
As fontes frisam que, “antes, Marconi Perillo precisa se livrar da ‘influência’ da dupla Jardel Sebba e Jaime Rincon, que, bolsonaristas, não querem aliança do ex-governador com a esquerda”. Em 2022, o tucano, afastando-se do centro, adotou um discurso de direita. Não certo, em termos eleitorais. Porque o campo bolsonarista já estava ocupado pelo senador Wilder Morais.


Os petistas postulam que Marconi Perillo não vai conseguir formatar nenhuma aliança de peso em Goiás, exceto com o PT dos deputados federais Adriana Accorsi e Rubens Otoni, dos deputados estaduais Antônio Gomide e Mauro Rubem e dos vereadores Kátia Maria, Edward Madureira e Fabrício Rosa.
Os petistas querem formatar uma frente de centro-esquerda, ou seja, o que se quer é a constituição de uma frente progressista. Por isso podem apoiar Marconi Perillo, do PSDB, para governador. O vice poderia ser do PSB (Elias Vaz) ou do PT (por exemplo, o vereador Edward Madureira, de Goiânia) e Rubens Otoni seria um dos candidatos a senador. A segunda vaga para a disputa do Senado poderia ser de Jorge Kajuru. Mas o senador do PSB aceitaria compor com Marconi Perillo, de quem é rival histórico (apesar do pedido de desculpas recente)?


Ao menos dois petistas já conversaram com Marconi Perillo. As conversas serão mantidas e ampliadas. Mas não se fará anúncio dos diálogos neste momento. Sobretudo porque os petistas estão de olho no futuro do PSDB.
PSDB pode perder tempo de televisão e fundo partidário:
O PSDB só tem 14 deputados federais em todo o país, sete (como Lêda Borges, de Goiás) falam em sair assim que surgir a janela partidária (ou então com a possível fusão partidária). Além da falta de expectativa de poder, se ficar apenas com sete deputados, e pode acabar ficando até com menos, o PSDB perderá o tempo de televisão e o fundo partidário. Uma situação falimentar.
No momento, o PSDB pode se fundir com o MDB ou com o PSD. Ou seja, o partido desaparecerá. No caso de fusão com o MDB, Marconi Perillo não irá se filiar ao partido. Poderá ir para o PSD, se o senador Vanderlan Cardoso o aceitar. Como o líder do PSD deve apoiar Daniel Vilela, do MDB, para governador de Goiás, em 2026, o tucano acabará sendo rejeitado.
Resta a Marconi Perillo se filiar ao PSB ou ao PT (como fez Henrique Santillo, seu guru político, na década de 1980). No PSB há uma pedra no caminho, o senador Jorge Kajuru. Mas comenta-se que o presidente do PSB em Goiás, Elias Vaz, não rejeitaria a filiação do tucano.
O PT aceitaria a filiação de Marconi Perillo? Muito difícil. Mas está aberto a uma aliança eleitoral, para 2026, com o ex-governador. (E.F.B.)
Ricardo Lima / Fonte: Redação “Jornal Opção”.