Números podem impactar pré-candidatura petista na cidade, caso pleito seja nacionalizado
Goiânia é a terceira capital com a menor aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, 39,7% da capital goiana aprova o petista, enquanto 56,5% desaprova. 3,8% dos entrevistados não opinaram.
O levantamento das capitais foi feito ao longo do ano e o instituto reuniu todas as publicações e divulgou o compilado nesta semana. Goiânia, por exemplo, teve a pesquisa publicizada, originalmente, em 5 de julho. A margem de erro é de 3,6% e foram ouvidas 761 pessoas.
Já São Paulo, onde 55,1% aprovam o presidente, a divulgação é de 13 de dezembro, com margem de erro 3,1%. 1.046 pessoas foram consultadas na capital paulista. Lá, 42% desaprovam Lula e 3% não opinaram.
Piores e melhores:
Mas sobre as piores aprovações, Cuiabá (MT) registra a 38,9%. A desaprovação é de 54,5%, enquanto 6,6% não souberam opinar. Neste caso, 730 pessoas foram ouvidas e a margem de erro é de 3,7%. O levantamento foi divulgado, originalmente, em 8 de agosto.
A menor aprovação foi em Porto Velho (RO): 34,6%. Naquela capital, o presidente é desaprovado por 60,6% dos entrevistados. 4,8% não opinaram. Com divulgação em 11 de abril, o instituto ouviu 714 pessoas e a margem de erro é de 3,7%.
Em relação aos melhores, a aprovação de Lula em Fortaleza (CE) é de 68,9%, com desaprovação de 27%. A pesquisa é de 25 de abril, com 742 pessoas e margem de erro de 3,7%. Em seguida, Salvador (BA) tem 67,4% de respostas favoráveis e 27,2% de negativas. A divulgação ocorreu em 23 de março. 804 foram entrevistados e a margem de erro é de 3,5%.
Impacto em Goiânia:
Em Goiânia, o PT tem pré-candidata. A deputada federal Adriana Accorsi colocou o nome à disposição. A baixa aprovação do presidente Lula pode gerar um teto para a petista que, apesar disso, tem pontuado bem nas pesquisas de intenção de votos, ocupando as primeiras posições.
O professor e cientista político Guilherme Carvalho afirmou que, se a eleição municipal for nacionalizada, pode haver influência. “Se nacionalizar, a avaliação do Lula com certeza vai impactar no pleito. Agora, se mantiverem o tema municipal, como geralmente é, e aí a discussão for realmente sobre políticas públicas, como normalmente são as eleições municipais, aí o impacto será o normal.”
No segundo caso, ele cita que, normalmente existe e existirá o antipetismo. E nessa avaliação, Adriana já chega prejudicada pela própria legenda que irá concorrer.
Superação:
Adriana Acorsi, acredita que o antipetismo será superado. “Eu acredito que essa polarização entre setores políticos deve arrefecer, deve diminuir nas próximas eleições. Acredito que a população está interessada em eleger alguém que se identifique com a cidade, que tenha identidade com sua história, com os seus desafios e, principalmente, que tenha capacidade. Tanto de gestão quanto de articulação política para conseguir governar a cidade de uma forma harmônica, democrática, ouvindo todos os setores da sociedade”, disse, à época.
Segundo ela, existe na cidade a lembrança de bons momentos que vividos com gestões do PT, especialmente com Darci Accorsi, pai dela. “Estou confiante. Acredito que essa questão de desgaste do partido está sendo superada. E, com certeza, a aprovação crescente do presidente [Lula] vai colaborar. Até porquê, o grande objetivo do presidente é que tenhamos prefeitos e prefeitas que sejam parceiros do governo federal para executar as políticas públicas que propõe e está retomando, justamente porque elas acontecem nos municípios.”
Visita;
A participação direta de Lula na eleição também pode contribuir para a candidatura de Adriana, dizem analistas. O presidente não esteve em Goiás nem durante a campanha e nem após a eleição. Em 2024, contudo, a expectativa é que ele venha ao Estado, especialmente na capital, no primeiro semestre.
Ricardo Lima / Fonte: