Mais cedo, presidente da CPI disse que “fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas” em casos de corrupção
O Ministério da Defesa e as Forças Armadas emitiram uma nota oficial repudiando as declarações do presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM), ontem, quarta-feira (7).
Segundo o comunicado, ele “desrespeitou” os militares e “generalizou esquemas de corrupção”.
Além de menções à ala militar, a oitiva terminou com o pedido de prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.
Defesa de Roberto Dias irá ao STF acusar Omar Aziz de abuso de autoridade.
“Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, diz a nota.
“As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.”
Mais cedo, na CPI, Omar Aziz disse “os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Segundo o senador, “eu não tenho nem notícia disso [corrupção] na época da exceção que houve no Brasil, porque o Figueiredo morreu pobre, porque o Geisel morreu pobre, porque a gente conhecia… (…) Uma coisa de que a gente não os acusava era de corrupção, mas, agora, Força Aérea Brasileira, Coronel Guerra, Coronel Elcio, General Pazuello e haja envolvimento de militares…”, declarou.
O repúdio das Forças Armadas veio em nota no início da noite.
Pouco antes de encerrar a sessão da CPI, Omar determinou a prisão de Roberto Dias, decisão que causou alvoroço no Congresso.
Em plenário, o presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) rendeu homenagens e disse nutrir respeito às Forças Armadas.
Em plenário, à noite, Aziz afirmou que sua fala foi “pontual” e não foi “generalizada”, referindo-se, por exemplo, a Roberto Dias, que é ex-sargento da Aeronáutica, e a outros integrantes da pasta possivelmente envolvidos no suposto esquema de irregularidades.
O senador considerou a nota da Defesa “desproporcional” e cobrou de Pacheco que tivesse uma posição mais incisiva para defender um senador.
“Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimidem”, disse Omar. “Não aceito que intimidem um senador da República”, afirmou o senador.
Minha opinião:
Pra mim, essa CPI está ultrapassando todos os limites do abuso de autoridade, principalmente as figuras principais que são Omar Aziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros, eles são agressivos com os depoentes, querem impor seus pontos de vista e não aceitam o contraditório.
Desde o começo da CPI, eles querem prender alguém e não conseguem.
Ontem finalmente o Presidente da CPI, realizou seu sonho e mandou prender Roberto Dias, o que causou uma revolta em boa parte do senado.
Acredito que o referido senador tem uma demanda reprimida de quando era jovem, queria ser policial pra mandar prender as pessoas, não realizou esse sonho e agora exercendo seu poder de polícia finalmente deu voz de prisão, pra alguém, se ele não fizesse iria ter uma síncope cardíaca.
Pronto matou a vontade ontem.
Parece que agora, também, ele mexeu com o povo errado, as Forças Armadas, não estão nem um pouco satisfeitas com as ações do arrogante Omar Aziz e isso não é bom pra ele. Pronto, falei. Ass: Ricardo Lima.
Fonte: “CNN BRASIL”
O repúdio das Forças Armadas veio em nota no início da noite.