Goiânia soube nesta quinta-feira (9) que dom João Justino será o novo arcebispo metropolitano da capital goiana. Nome possivelmente ainda desconhecido de muitos na comunidade católica goianiense, o religioso é presente nas redes sociais e defensor da ciência.
O novo arcebispo é mineiro de Juiz de Fora, tem 54 anos e é doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Ele foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte há dez anos, pelo papa Bento XVI. No ano seguinte, ordenou-se bispo em Juiz de Fora.
Posteriormente, dom João Justino ainda foi escolhido como membro da Comissão de Cultura e Educação do Setor Universidades do Conselho Episcopal Latino-Americano. Destarte, é ele o responsável pelas pastorais de educação no Cone Sul. Desde 2018, era arcebispo metropolitano de Montes Claros-MG.
O religioso tem forte presença nas redes sociais. Ele dispõe de perfis no Instagram, Facebook, Twitter, Spotify e YouTube. As mídias são utilizadas para reforçar posicionamentos, como o de pró-ciência e críticas à disseminação de notícias falsas.
Ciência
O arcebispo fez várias postagens defendendo a ciência. Ele também se colocou favorável à vacinação contra a covid-19 e fez questão de registrar que se imunizou contra o coronavírus. Ele também foi presença marcante em eventos da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos e do Congresso Brasileiro de Humanismo Solidário na Ciência. Ambos foram realizados no mês passado.
Dom João Justino também compartilha materiais que mostram como é possível ser padre e ainda assim praticar a ciência.
A defesa da educação é outra tônica dos posts do arcebispo. Uma vez que atua na área, há várias publicações que enaltecem a importância do ensino de qualidade e valorizam o estudante.
Urna eletrônica e Marco Temporal
O novo arcebispo metropolitano de Goiânia também fez postagens defendendo a urna eletrônica. No momento em que o presidente Jair Bolsonaro fazia pressão pela aprovação do voto impresso, o religioso compartilhou um vídeo do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, atestando a confiabilidade da tecnologia.
Dom João Justino expressou posição contrária ao Marco Temporal Indígena. O tema coloca em jogo o espaço dos indígenas, uma vez que esse povo, segundo a proposta, somente podem reivindicar as terras demarcadas nas quais estavam, fisicamente, até o dia 5 de outubro de 1988, quando foi proclamada a Constituição Federal de 1988. Para isso, esses povos ainda devem comprovar que estavam nos locais em questão.
O arcebispo ressalta ainda que a desinformação é um dos quatro males da comunicação. Ele tem atuação crítica à propagação de notícias falsas.
Fonte: Diário da Manhã