Em mais um gesto de confiança no ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro esteve neste domingo visitando uma feira de pássaros em Brasília e, junto com o ministro, concedeu entrevista à imprensa. “Convidei o Paulo Guedes para conversar com vocês”, disse Bolsonaro no início da conversa, na qual falou sobre a situação fiscal e econômica do País, da alta inflacionária, dos preços dos combustíveis, defendeu as reformas e mais uma vez tentou justificar o descumprimento do teto de gastos para que fosse possível dar o Auxílio Brasil de R$ 400,00.
Bolsonaro destacou que o custo de vida tem aumentado, com a inflação que chegou a dois dígitos e que os mais pobres têm sofrido bastante. “É uma preocupação nossa”, disse o presidente. Ele voltou a criticar a política do “fica em casa” e disse que o mundo está sofrendo ainda com o que ele espera ser o “fim da pandemia”. “Muitos países estão com desabastecimento e nós não temos esse problema. Sabemos que o custo de vista tem aumentado. Ano passado, demos o auxílio emergencial, gastamos o equivalente a 13 anos de Bolsa Família. O Brasil tem que voltar à normalidade”, disse o presidente.
A definição do valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil levou a alterações no teto de gastos que culminaram com a saída de quatro secretários do Ministério da Economia na quinta-feira, 21 Pediram exoneração o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas. Também pediram para deixar o cargo o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo. O movimento gerou especulações em torno também de uma possível saída de Paulo Guedes. Na sexta-feira, Bolsonaro foi pessoalmente ao Ministério da Economia e concedeu entrevista ao lado de Guedes para reafirmar sua confiança e apreço a ele.
Neste domingo, Bolsonaro destacou medidas econômicas tomadas em 2019, quando o Brasil começou, segundo ele, a decolar. Afirmou que essas medidas, que até passaram despercebidas por muitos, é que permitiram o País a sofrer menos no ano passado, com a pandemia de covid-19.
Fonte: Diário de Goiás