O que está acontecendo em Goiânia:
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Comurg, iniciou um projeto-piloto para instalar grama sintética nos canteiros centrais da Av. Castelo Branco e da Rua 44. A justificativa inclui economia de manutenção, redução da poeira e menor impacto durante o verão, já que “a grama sintética é dois graus mais baixa do que a grama natural seca”.
O prefeito Sandro Mabel argumentou que essa alternativa evita bloqueios de trânsito frequentes causados por podas (são cerca de 18 podas anuais).
Benefícios técnicos e ambientais da grama sintética:
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Economia substancial de água até cerca de 55 à 70% em relação à grama natural, sem necessidade de irrigação contínua.
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Eliminação de fertilizantes, pesticidas e herbicidas, reduzindo contaminação do solo e lençóis freáticos.
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Manutenção muito reduzida de água, nada de podas frequentes, maior vida útil (10–15 anos), e menos uso de equipamentos motorizados e emissão de poluentes.
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Pode ser instalada sobre cimento ou terra e possui boa durabilidade — especialmente útil em locais onde a grama natural não resiste.
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Contribui com menor uso de máquinas e menos interrupções de trânsito — um argumento forte em centros urbanos como Goiânia.
Desvantagens e preocupações críticas:
Principais pontos de atenção:
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Impermeabilização do solo: ao contrário da vegetação natural, a grama sintética impede absorção de água, aumentando risco de enchentes e sobrecarga dos sistemas de drenagem urbana.
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Ilhas de calor urbano: plástico retém mais calor; sem sombra e respiro do solo, a área pode ficar ainda mais quente.
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Impacto estético e ecológico: substitui visualmente a vegetação viva, impede biodiversidade (como insetos, pássaros, solos vivos) e dificulta infiltração e processos naturais do solo.
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Microplásticos e poluição: desgaste do material plástico libera microplásticos e substâncias químicas nocivas que podem contaminar solo e água
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Reciclagem limitada: apesar de fabricável com materiais recicláveis, grande parte da grama sintética não é reciclada e acaba em aterros após os 10–15 anos de uso
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Conforto térmico e segurança: o material aquece muito ao sol e, em contextos esportivos, já foi criticado por mudar o tipo de lesões (ainda que o risco geral seja similar), reduzindo sensação de naturalidade e segurança.
E AQUI EM TRINDADE, VOCÊ APOIARIA A GESTÃO MUNICIPAL EM SUBSTITUIR A GRAMA NATURAL, PELA GRAMA SINTÉTICA? SIM OU NÃO?
Ricardo Lima / Fonte: Empresas que negociam grama sintética / Redação “O Hoje”.