Emissora estaria analisando o material antes de publicá-lo
O ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, declarou, nesta segunda-feira (4), que entregou provas contra o ministro para uma emissora internacional. A declaração foi feita em entrevista ao programa Show da Manhã, da plataforma Fio Diário.
– O material já está com uma grande emissora internacional em avaliação, deve estar estourando aí por uma semana, acredito, mas espero que até sexta-feira [seja divulgado] – disse Tagliaferro.
– Então, já que tudo já foi entregue para quem tem que jogar no mundo, então, agora eu posso falar, porque agora, se algo me acontecer, o material já está entregue.
Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), órgão criado em 2022 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de combater a desinformação durante o processo eleitoral.
Fora do Brasil, o ex-assessor começou a dar entrevistas dizendo que tem provas que mostram que recebeu ordens do ministro para investigar e monitorar pessoas, sendo que todas elas eram ligadas à direita. Em outra entrevista, ele chegou a dizer que irá provar que houve abusos durante as eleições de 2022 por parte de seu ex-chefe.
“Destruiu minha vida e a de várias pessoas, isso é pouco, logo eu estarei mostrando para o Brasil quem é Alexandre de Moraes e os bastidores do seu gabinete”, escreveu em post com a foto de Alexandre de Moraes ao fundo.
“Eu tenho bastante coisa”, disse, sem revelar detalhes.
“Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas (….) e comecei a questionar”, afirmou em outro post.
“Só entravam coisas de direita no gabinete e nada de esquerda e isso me chamou muito a atenção.”
Perito, Tagliaferro é formado em engenharia e direito pela Universidade Paulista. Foi assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, no TSE, tendo sido nomeado por Moraes para o cargo em 2022.
Vale lembrar que desde 2024 Tagliaferro é investigado por causa do vazamento de conversas. Para a Polícia Federal, ele “praticou, de forma consciente e voluntária, a violação do sigilo funcional” ao enviar para um jornalista as trocas de mensagens entre ele e outros servidores do setor.
Ricardo Lima / Fonte: Redação: Pleno News e CNN.