No dia em que Trindade completa 101 anos, a Prefeitura inaugura hoje, terça-feira, 31, o novo aterro sanitário da cidade. Foram investidos cerca de R$ 2.500 milhões entre verbas municipais e federais.
O aterro de Trindade agora conta com licença ambiental seguindo todas as normas exigidas da sua categoria, sendo um dos mais modernos aterros sanitários de Goiás, com uma vida útil estimada em no mínimo 25 anos.
As adequações que elevaram o antigo lixão para a condição de aterro foram realizadas em seis meses de obras. O aterro sanitário ocupa uma área de 45 hectares.
A Prefeitura de Trindade coleta, mensalmente, cerca de 2.500 mil toneladas de resíduo orgânico residencial, mais 1.600 toneladas de entulho e cerca de 800 toneladas de poda de árvores e galhos.
A ampliação da vida útil do depósito está ligada às técnicas de manejo implícitas no projeto de reestruturação. O depósito é dividido em trincheiras. A trincheira 1 está com sua capacidade esgotada.
Recém-aberta, a trincheira 2 vai ser manejada para passar da média de 4 anos de vida útil para 8 anos. Ela receberá somente lixo doméstico produzido pelos trindadenses. Foi aplicada uma manta de impermeabilização na trincheira 2 e na lagoa 2, além da colocação de sistema de drenagem pluvial, de percolado e gases do aterro sanitário.
É essa impermeabilização que evita a contaminação do ambiente e das águas subterrâneas pelo chorume resultante da decomposição dos resíduos orgânicos. Apenas essa trincheira tem 110 metros de comprimento por 100 metros de largura (1 hectare).
Uma outra trincheira, a de número 3, está sendo escavada. Ela será destinada aos chamados materiais inertes, como os entulhos de construção civil. Aliado a isso, será implantado um sistema de trituração de resíduos no aterro sanitário.
A moagem dos materiais inertes fará com que o volume depositado reduza. Isso amplia a capacidade e, consequentemente, o município ganha um sistema de produção de substrato tipo brita e cascalho.
Esse material atualmente é comprado pela Prefeitura para uso na pavimentação asfáltica, ou seja, o município vai economizar aproveitando o material triturado.
Os resíduos de poda e galhadas que também chegam ao aterro, igualmente passarão por moagem. O material vegetal moído será usado em compostagem, e o adubo vai ser aplicado nos parques e no viveiro de mudas de Trindade.
Essa racionalização desenhada permite que Trindade se apresente para municípios vizinhos que convivem com problemas em lixões, como alternativa para consórcio ou parcerias.
As conversações com as administrações de Santa Bárbara e Campestre estão avançadas para que essas gestões avaliem volumes e tipos de resíduos que podem ser transportados em troca de pagamento ou contrapartidas negociadas.
Ricardo Lima / Fonte: “Agência Municipal de Comunicação”
