“Começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara, e não pelo Pleno da Suprema Corte”, disse o governador de Goiás
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou com veemência a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada nas redes sociais nesta segunda-feira, 4, Caiado afirmou que a medida confirma uma condenação antecipada.
“Infelizmente, antes da conclusão do julgamento, o ex-presidente já está condenado. Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado. Isso é grave”, afirmou. O governador também questionou o trâmite do processo, que, segundo ele, teve início de forma irregular. “Começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara, e não pelo Pleno da Suprema Corte”, disse.
Críticas à polarização
Na nota, Caiado fez um apelo contra a escalada de tensões políticas no país e defendeu o fim da polarização. “Essa escalada aprofunda divisões que ferem o Brasil e deixam o povo em segundo plano. O País exige mudança, com liderança que tenha autoridade moral e capacidade de diálogo com todos os Poderes”, pontuou.
Ele também cobrou foco nos problemas reais da população. “O Brasil não aguenta mais ver seus problemas sendo deixados de lado. Os brasileiros estão reféns do crime organizado, da inflação e da falta de perspectivas, enquanto disputas políticas alimentam o caos e o confronto”, disse.
Caiado finalizou a nota prestando solidariedade a Bolsonaro: “Toda minha solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro”.
Tarcísio condena prisão de Bolsonaro e manda recado a Moraes:
Tarcísio de Freitas negou que tenha acontecido uma tentativa de golpe e disse que “ninguém consegue provar” as acusações contra Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), se manifestou sobre a prisão domiciliar dp ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), decretada nesta segunda-feira (4/8) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) .
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Tarcísio classificou a nova medida cautelar contra seu padrinho político como “um absurdo” e subiu o tom contra as decisões de Moraes, sem mencionar o nome do ministro.
“Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la?”, diz o governador em um trecho do vídeo. “Hoje, cada um de nós brasileiros de bem, que acredita na liberdade, na democracia e na justiça, está sendo punido também. Mas saibam, não vão calar esse movimento”, finalizou.
Veja vídeo:
No pronunciamento, que dura cerca de 50 segundos, o governador diz, ainda, que “Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar”, por “uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”.
Na ocasião da tornozeleira e de outras ações decididas por Moraes, Tarcísio classificou as medidas como “humilhações”, disse que há uma “sucessão de erros” contra Bolsonaro e que “não haverá paz social sem paz política”.
“Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro. Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, escreveu o governador, em nota publicada nas redes sociais.
Tarcísio chamou de “sucessão de erros” o julgamento sobre a trama golpista, que teria sido liderada pelo ex-presidente. O governador de São Paulo afirmou que as medidas adotadas nesta sexta-feira contra Bolsonaro não contribuem para “pacificação”.
“Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”.
Ricardo Lima / Fonte: Giovanna Campos – Jornal “Opção” – Enzo Marcus/ Metrópoles