Presidente de associação diz à Rádio Itatiaia-BH, que promotorias do MP de Goiás e do STJD informaram que não há investigação contra a arbitragem
A informação repassada pelos promotores do Ministério Público de Goiás (MP-GO) responsáveis pela Operação Penalidade Máxima, e pela procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), ao presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), Salmo Valentim, é a de que, até o momento, não há árbitros investigados no procedimento que apura a manipulação de resultados em jogos de futebol por meio de quadrilhas de apostadores.
“O árbitro talvez seja o mais vulnerável elo nessa escala do futebol. Não tem contrato, não é formalmente um empregado, seja da CBF ou das federações estaduais. Mas vamos confiar na idoneidade desses profissionais. Entrei em contato diretamente com o Ministério Público de Goiás para colher informações e a resposta foi a de que não há árbitros investigados. O mesmo ouvi no STJD”, disse Valentim em entrevista à Rádio Itatiaia.
O procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, já havia dito em entrevista à reportagem, em meados de abril, que neste momento havia apenas jogadores de futebol investigados na Operação Penalidade Máxima, sem a presença de dirigentes ou de árbitros, o que não mudou quase um mês depois. O MP-GO, por enquanto, também informa que a apuração se baseia no aliciamento de atletas.
Valentim disse que a associação, até este momento, não foi procurada por nenhum profissional da arbitragem para denunciar a tentativa de aliciamento por parte de quadrilhas de apostadores. E que é preciso se questionar se a enxurrada de patrocínios de sites de apostas nas principais entidades e campeonatos do Brasil está fazendo bem para o produto futebol.
“Precisamos avaliar se é certo esse dinheiro todo entrando de sites de apostas vendo agora o que está acontecendo com essas investigações”, disse Valentim.
Ricardo Lima / Fonte: Márcio Rizzo – Rádio Itatiaia-BH.