Governo do Estado, vai disponibilizar receita recorde para os participantes do Campeonato Goiano 2025. Imprensa Esportiva deveria, também, participar desse bolo.
Vem aí o Campeonato Goiano 2025 com um valor recorde de receita, oriunda dos direitos de transmissão, para os doze clubes que participam da competição: Atlético, Goiás, Vila Nova, Goiânia, Aparecidense, Anápolis, Goiatuba, Jataiense, Crac de Catalão, Goianésia, Inhumas e Abecat.
Nesta temporada os clubes vão dividir uma bolada de aproximadamente R$ 3 milhões. Dinheiro que vem do contrato estabelecido pelo Governo de Goiás e Assembleia Legislativa – para que suas emissoras – Televisão Brasil Central e TV Alego tenham a exclusividade e prioridade na transmissão das partidas.
O Campeonato Goiano fora da Globo ou de emissoras como Record e Bandeirantes – que possuem contratos com outros estaduais pelo Brasil – é um prejuízo no quesito visibilidade. A Federação Goiana durante vários anos cedeu o direito de transmissão da competição de olho na audiência e exposição.
Só que chegou um momento que os clubes optaram pelo dinheiro. Uma decisão mais do que justificada. Porém nenhuma das grandes emissoras colocou dinheiro na mesa para avançar em uma negociação e uma solução encontrada foi a busca por recursos públicos.
Começou em 2024 com R$ 1,5 milhão – depois aumentou para R$ 3,5 milhões – e agora o contrato pelos direitos de transmissão do Campeonato Goiano atinge o patamar de R$ 4,25 milhões. Parte desses recursos são destinados aos gastos com a cobertura das partidas. Contratação de profissionais na área técnica, jornalistas, aluguel de equipamentos e logística.
Serão 42 jogos transmitidos pela TBC e TV Alego que vão gerar um custo de aproximadamente R$ 1,2 milhão de reais. Dinheiro que está dentro do repasse de R$ 4,25 milhões do Governo de Goiás – sobrando R$ 3 milhões para os clubes. Atlético, Goiás e Vila Nova recebem mais que os demais.
Fonte: Diário de Goiás / Charlie Pereira.
Imprensa Esportiva:
Acho bastante salutar esse apoio do Governo ao viabilizar recursos para os clubes participantes do Campeonato Goiano, afinal o futebol é entretenimento para a população e é um atrativo para as cidades do interior que tem equipes participantes.
Desse montante que o Governo está disponibilizando para os clubes, via FGF, penso que a Imprensa Esportiva, principalmente as Equipes de Rádio, da Capital e das cidades participantes deveriam estar inseridas nesse pacote. Afinal, essas Equipes de Rádio, promovem o Campeonato Goiano, sem receber diretamente nenhum recurso para transmitir as partidas para os seus ouvintes. Aqui na capital, temos 4 grandes equipes de rádio CBN, BAND NEWS, BANDEIRANTES e DIFUSORA que falam dos Clubes e do Campeonato Goiano durante toda a programação esportiva dessas rádios.
Nas resenhas esportivas, nos 7 dias da semana, fala-se de tudo que envolve o Campeonato Goiano, nada passa despercebido por essas equipes. As cidades envolvidas, os estádios, as táticas de jogo, a arbitragem, a organização, se foi pênalti, se foi falta, a participação do torcedor na arquibancada, enfim tudo que envolve uma partida de futebol, lá estão essas equipes da capital e ou do interior repercutindo o Campeonato Goiano. Essa divulgação é uma propaganda e uma mídia do evento que nenhum outro veiculo de comunicação consegue oferecer.
Por isso, que eu gostaria que na organização e na preparação de um Campeonato Goiano, a Imprensa Esportiva estivesse inserida nesses pacotes de distribuição de verba. Como ainda não começou o GOIANÃO 2025, ainda dá tempo de inserir essas equipes de rádio nesse pacote financeiro para divulgação do Campeonato Goiano.
Dificuldades de se manter uma equipe esportiva:
Quando o ouvinte, está no conforto da sua casa, no seu trabalho ou no seu carro, ouvindo as resenhas desses profissionais do rádio, ninguém imagina o que os “chefes de equipe e ou os diretores das rádios” estão fazendo para levar informação e entretenimento e manter aquela programação e aquele time de profissionais no ar, trabalhando. Por isso sempre lutei pela valorização do Jornalista Esportivo, daquele radialista que levanta cedo e vai em busca da informação do seu clube, que leva alegria e descontração, daquele profissional que antes do programa começar tem que se preparar para levar o que está acontecendo no se clube.
Imprensa pobre, clubes e jogadores ricos:
A nossa imprensa esportiva tem que acompanhar a evolução financeira dos nossos clubes. Afinal quem mais divulga o futebol são, principalmente as rádios que fazem futebol e a todo momento clubes e jogadores estão movimentando milhões e essas equipes de rádio e esses profissionais estão passando necessidades. Claro que temos algumas exceções na imprensa esportiva de profissionais que tem um ótimo salário, mas eu disse exceção.
Como âncora de programas e jornadas esportivas, as vezes a gente se depara com situações interessantes na comunicação esportiva. A todo momento vemos um jornalista tarimbado experiente, entrevistando um garoto bom de bom de bola, papo bom, levando informação para o seu ouvinte. Quando termina a entrevista, muitas vezes me dá um choque de realidade que não consigo entender. Aquela entrevista foi feita por um “baita” profissional que na maioria das vezes não deve ganhar R$3.000,00 está conversando com um garoto que pode estar recebendo seus R$50.000,00 por mês, isso sem falar que esse mesmo jornalista pode entrevistar jogadores que ganham fortunas superiores à R$2 milhões. Nessa entrevista, o jornalista deve pensar “nem se eu trabalhar 10 anos eu vou ganhar o que esse jogador ganha em um mês”.
Enfim, nós como profissionais de rádio queremos que as entidades que regem o futebol. Observem também as equipes de rádio que fazem o futebol. Nesse seguimento jogadores ganhem muita grana, mas queremos também que os profissionais que fazem a comunicação na imprensa esportiva, também participem desse bolo.
Federações e Governos Estaduais, quando forem organizar uma competição esportiva, insiram também os profissionais do rádio esportivo
Ass: Ricardo Lima / Radialista Esportivo