Manifestantes se organizaram por meio das redes sociais
O feriado de Proclamação da República registrou uma série de protestos contra a eleição do presidente eleito, Lula (PT), nesta terça-feira, 15. Apesar das mobilizações de hoje, manifestantes estão nas ruas desde 30 de outubro, quando foi anunciada a vitória do petista no segundo turno. Os atos foram organizados pelas redes sociais, sem a participação de figuras da política.
Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro têm a maior quantidade de gente nas ruas. Na capital paulista, a maioria das pessoas está concentrada no Parque Ibirapuera, na zona sul da cidade, em frente ao Comando Militar do Sudeste. No Rio, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro decidiram reunir-se no Comando Militar do Leste, no centro, enquanto em Brasília ocupam a Esplanada dos Ministérios. A Praça dos Três Poderes segue fechada.
Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia e Recife também registram atos contra a eleição de Lula.
Elaine Abreu, analista de crédito, participa das manifestações no Ibirapuera (SP). Segundo ela, trata-se da segunda vez que participa dos atos. “Acredito que a manifestação é uma maneira de nossa voz ser ouvida contra tudo o que tem acontecido no país, principalmente o cerceamento da liberdade”, disse ela.
A educadora Maria de Jesus veio do Pará até São Paulo. Desde 31 de outubro, ela está acampanada em frente ao Comando Militar do Sudeste. “São 15 dias debaixo de chuva, sol para mostrar nossa mensagem”, disse. “O povo acordou. Aqui tem gente de 70, 60, 40 anos formando as futuras gerações, mostrando os valores éticos, morais e cristãos, ensinando a defender a pátria.”
Além de protestar contra Lula, o bombeiro civil Edson Calixto veio ao local para se manifestar contra a censura. De acordo com ele, o YouTube derrubou o canal que tinha, em virtude de suas opiniões. “Nós não elegemos o Poder Judiciário, mas eles estão censurando o povo”, observou. “Quebraram nossos valores e tiraram nossos direitos.”
Em Goiânia, estive presente na manifestação em frente ao COMANDO ESPECIAL DE OPERAÇÕES e o que eu vi, foi um grande ato democrático, onde famílias se reuniram e se juntaram a milhares de pessoas com um único objetivo de pedir uma maior transparência no resultado das eleições presidenciais. Todos esses manifestantes, incrédulos não acreditam que o Presidente Jair Bolsonaro, perdeu as eleições. Os goianienses estão há 15 dias no mesmo local mostrando sua indignação com os resultados das urnas e pelo que sentimos das pessoas que lá estavam, as manifestações estão longe de terminar.
Ricardo Lima / Fonte: Cristyan Costa, Guilherme Lopes/Revista Oeste