Local equivale a 70 campos de futebol e era usado como corredor ecológico dos animais que habitam a região.
O proprietário de uma fazenda que desmatou uma área de preservação ambiental às margens do Parque Nacional das Emas, localizado na divisa de Goiás com Mato Grosso do Sul, foi multado em R$ 602 mil. A investigação realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi concluída nesta semana.
Na primeira fiscalização, em julho de 2022, homens oriundos do Mato Grosso apresentaram um documento que autorizava a retirada de árvores. No entanto, o texto consta que se trata de uma área ocupada, mas a região é de preservação ambiental. Além disso, quem realizou o processo que autoriza o desmatamento omitiu informações de importância ecológica da região.
Acreditava-se que a área desmatada equivalia a 50 campos de futebol, mas, durante a perícia, ficou constatado que a devastação aconteceu em 302 hectares, pouco mais de 70 campos de futebol, em um local considerado corredor ecológico, onde transitam diversas espécies de animais.
Esse desmatamento aconteceu em uma propriedade às margens do parque, o que é proibido segundo o diretor do parque, Marcos Cunha, porque a área é considerada um corredor ecológico, um local por onde passam animais. O parque pertence ao governo federal e compreende áreas preservadas entre Mineiros e Chapadão do Céu, no sudoeste de Goiás, e Mato Grosso do Sul.
Os tratores usados para desmatar a área foram apreendidos, levados para a sede do parque e serão devolvidos para o dono somente ao final da investigação, conforme Marcos Cunha.
Ricardo Lima / Fonte: Joice Oliveira/Mais Goiás
