No Estado, somente em 2022, foram registradas 32 tentativas de invasão a propriedades, contra 16 neste ano,
Após a incidência de invasões de terras em diversas regiões do Brasil, inclusive em Goiás lideradas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o governador Ronaldo Caiado (UB) disse que no Estado não há invasão de terras. A declaração ocorreu durante encontro realizado nesta terça-feira (25/04) pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.
“Cabe ao governador e às forças de segurança manterem a paz no campo. Em Goiás, não temos invasão de terras”, disse o chefe do Executivo goiano.
Apesar da afirmação, no último dia 25 de março, cerca de 600 famílias do movimento sem terra ocuparam a fazenda São Lukas, em Hidrolândia. O movimento desocupou a área no dia seguinte após intervenção da Polícia Militar (PM).
O coordenador do MST em Goiás, Gilvan Rodrigues afirmou que a área já está sendo repassada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para se tornar um assentamento de reforma agrária.
Proteção:
Ainda durante o discurso, Caiado defendeu a proteção das propriedades rurais, quando afirmou que “é inadmissível que se coloque em risco um segmento que traz condições de equilíbrio fiscal para o país e ao mesmo tempo oportunidades de emprego e avanços”, afirmou.
O encontro da FPA é motivado pela onda de invasões de terra, que ocorre em várias regiões do país. A ação é liderada pelo MST desde o início do mês, em uma ação batizada de ‘Abril Vermelho’.
No Estado, somente em 2022, foram registradas 32 tentativas de invasão a propriedades, contra 16 neste ano, todas sem sucesso e encerradas de forma pacífica. A efetividade foi atribuída pelo governador ao Batalhão Rural da Polícia Militar, criado em 2019, que além de mapear as propriedades rurais, atua na prevenção de diversos crimes, como furtos e roubos.
Marco temporal:
O encontro contou ainda com a presença dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de Mato Grosso, Mauro Mendes. Na pauta, além das invasões de terra, os convidados também discutiram a retomada do julgamento do marco temporal, ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) e debate a demarcação de terras indígenas.
Ricardo Lima / Fonte: Rodrigo Melo – Jornal O Hoje.