Agora o ex-presidente poderá concorrer contra seus rivais
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que o ex-presidente Donald Trump poderá disputar a eleição presidencial do país. A corte anulou a decisão da Justiça do Colorado que o deixava inelegível, afirmando que Estados não podem barrar candidatos a cargos federais. Trump é favorito para representar o Partido Republicano na disputa contra Joe Biden, atual presidente. A decisão foi proferida antes da Super Terça, o dia mais importante das primárias republicanas.
Em dezembro, a Suprema Corte do Colorado havia considerado Trump inelegível devido à suposta insurreição no ataque ao Capitólio. A 14ª Emenda da Constituição proíbe quem tenha participado de insurreição de assumir cargo público. A Suprema Corte focou na capacidade dos Estados de desqualificar candidatos em eleições nacionais, afirmando que somente o Congresso pode aplicar a 14ª Emenda nesses casos.
Donald Trump comemorou a decisão em sua plataforma Truth Social. Com ações judiciais para desqualificá-lo em todo o país, é importante que sua candidatura seja válida em todos os estados. Trump enfrenta processos judiciais, mas os EUA não possuem uma lei equivalente à Ficha Limpa do Brasil para impedir sua candidatura. Ele ainda enfrenta a oposição de Nikki Haley nas primárias republicanas.
A análise da Suprema Corte ressaltou a impossibilidade dos Estados de aplicar a 14ª Emenda em eleições federais, como a Presidência. Trump é o principal candidato à indicação republicana para desafiar Biden, que busca a reeleição. Apesar dos processos contra ele, Trump é o primeiro ex-presidente indiciado por um crime nos EUA.
Uma pesquisa divulgada no sábado (2) mostrou que Trump lidera a corrida à presidência dos Estados Unidos, com 48% das intenções de voto. O atual presidente, Joe Biden, 43%. Segundo o levantamento, 9% dos eleitores estão indecisos.
A pesquisa revelou, ainda, que o índice de eleitores que desaprovam o governo Biden atingiu o nível mais alto: 47% dos entrevistados desaprovam fortemente a maneira como o presidente administra o país. Além disso, 14% desaprovam um pouco, 19% aprovam um pouco e 17% por cento aprovam fortemente.
Ricardo Lima / Fontes: Carlos Nathan Sampaio – Diário de Goiás e Redação – R7.