Bolsonaro a Lula: ‘Está no seu DNA. Mentir e inventar números’:
Durante o segundo bloco do debate, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi perguntado sobre o financiamento do Auxílio Brasil de R$ 600.
Bolsonaro afirmou que, até meados do ano passado, a média de pagamento do auxílio era de R$ 192. “Nós passamos para R$ 400, com o voto contrário do PT”, disse Bolsonaro.
Lula tinha direito à réplica na resposta. “É importante lembrar que a manutenção dos R$ 600 não está na LDO que foi enviada para o Congresso Nacional. Ou seja, significa que existe uma mentira no ar. A segunda inverdade é que o PT, há dois anos, reivindica os R$ 600 para o Bolsa Família. A bancada do PT votou favorável.”
Bolsonaro rebateu: “O PT foi contra os R$ 400 lá atrás…Votou, sim. Para de mentir. Está no seu DNA: mentir e inventar números. (…) Não podemos ser inconsequentes. Dizer ‘Vou dar isso, vou dar aquilo’. Tirar de professores…Só mentira. O PT pagava uma miséria de Bolsa Família . Tinha família ganhando R$ 80 por mês. Nós entramos para valer.”
Tão bom que até o neurônio petista pifou:
Durante o debate presidencial organizado pela TV Bandeirantes neste domingo, 28, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de mentir sobre os números da economia brasileira. Ao tentar explicar quais foram as inverdades ditas pelo atual chefe do Executivo, no entanto, o petista atrapalhou-se e interrompeu o próprio discurso.
“O candidato adora citar números e absurdos que nem ele acredita”, disse Lula, referindo-se a Bolsonaro. “Ele precisa saber o seguinte: já vendeu a Petrobras, já vendeu a BR, está fatiando a Petrobras, privatizou a BR…”
Lula teria mais tempo para continuar com seu discurso, mas não prosseguiu. Calado, olhou para os mediadores. Bolsonaro, sem entender a pausa do petista, sorriu. Depois de cinco segundos de silêncio, a equipe da TV Bandeirantes resolveu passar a bola para o presidente da República.
Esse não foi o único momento de destaque protagonizado por Bolsonaro e Lula. No início do debate, o chefe do Executivo afirmou que o governo petista foi “o mais corrupto da história do país”. “A delação de Antonio Palocci concluiu: foi reservado para o senhor uma conta no exterior de R$ 300 milhões”, lembrou. “O seu governo foi marcado pela cleptocracia. O roubo era para conseguir apoio no Parlamento e para você mesmo.”
Para aliados, desempenho do petista no debate foi ruim:
Tão logo o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República encerrou na noite deste domingo, 28, aliados do ex-presidente da República e candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, consideraram que o desempenho do petista foi ruim.
Algumas das manifestações feitas por aliados trouxeram como problemas as falas cortadas do candidato durante o debate da Band. Lula não conseguiu administrar o tempo por mais de duas ocasiões, e acabou tendo o microfone cortado. Lula também não se saiu bem, na análise dos aliados, ao não conseguir responder o seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PL), quando foi chamado de presidiário. Lula teve o direito de resposta negado pelos organizadores do debate.
Sem o direito de falar ao vivo na televisão, a assessoria de Lula usou uma rede social do candidato como palanque para a resposta. A visibilidade, contudo, é muito menor em relação ao debate, que estava sendo transmitido ao vivo pela Band. Aos telespectadores que acompanhavam o debate, ficou valendo a palavra de Bolsonaro.
Outro tema que os aliados consideraram ruim para o petista foi com relação ao espaço para mulheres em um eventual governo, caso vença a eleição. A pauta em relação às mulheres foi uma das principais do debate.
“Eu acho que é plenamente possível fazermos isso, mas não vou me comprometer com isso, porque posso passar por mentiroso’, disse Lula.
Aos aliados, Lula perdeu a chance de destacar ações que teria feito em defesa das mulheres nas duas ocasiões em que foi presidente da República. Bolsonaro, por sua vez, aproveitou a oportunidade para destacar as ações.
“Eu defendo a família, eu sou contra a liberação das drogas. Eu defendo as mulheres. Quando eu defendo as armas, no campo em especial, é para as mulheres se defenderem. Eu dei mais de 370 mil títulos de reforma agrária no Brasil e mais de 90% desses títulos foram para mulheres. Das cerca de 20 milhões de pessoas que recebem auxílio, cerca de 15 milhões são mulheres”, afirmou ele, que completou:
“O nosso governo faz por todos. Não divide. Nós somos um só país, uma só pátria. Por que me atacar? Porque eu acabei com a harmonia da corrupção”.
Aos aliados, a tentativa de Lula de se aproximar de Ciro Gomes, candidato do PDT, também não foi positiva. Lula acabou sendo chamado por Ciro de “encantador de serpentes”.
Lula mentiu quando disse que foi absolvido de todos os processos:
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mentiu no debate da Band na noite deste domingo, 28, ao afirmar que foi absolvido em todos os processos que respondia na Justiça. Lula fez a manifestação mais de duas vezes durante o debate.
“Fui absolvido em todos os processos. Fui absolvido na ONU, na primeira e na segunda instâncias e duas vezes na Suprema Corte. Agora, sou o único inocente que paga o preço de ser inocente”, afirmou Lula.
Lula ficou preso por quase dois anos, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, por ações envolvendo a Operação Lava Jato. Entre 2017 e 2019, o ex-presidente Lula foi condenado, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em três instâncias, julgado por nove juízes, mas em 2021 teve as sentenças anuladas por Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de entendimento de erro processual por incompetência de foro. Em janeiro deste ano, a 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal arquivou ação contra Lula, em razão da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal.
Em junho de 2021, o STF considerou Sergio Moro parcial no caso do triplex e anulou também aquela condenação. O entendimento sobre a parcialidade se estendeu a outros processos e todas as ações voltaram à estaca zero. Os procedimentos não significam que o petista tenha sido absolvido, visto que as decisões foram por anulação e arquivamento das sentenças.
Das 11 acusações mais conhecidas que Lula foi alvo da Justiça durante o período em que foi presidente da República, o petista só conseguiu ser absolvido em três, isso porque faltaram provas. As demais todas se incluem nos casos de arquivamentos, erros processuais ou foram suspensas.
Diferentemente do que afirmou no debate o candidato petista, Lula nunca foi julgado pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). A manifestação da entidade se deu em uma representação feita na ONU pelos seus advogados Valeska Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins, e pelo britânico Geoffrey Robertson. A queixa feita junto ao órgão inclui a detenção de Lula pela Polícia Federal em uma sala do aeroporto de Congonhas, em 2016, considerada arbitrária pela defesa; a parcialidade do processo e do julgamento; a difusão de mensagens privadas de Lula e sua família; e a impossibilidade de concorrer em 2018.
A entidade internacional considerou injusta a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, em 2017. O Comitê concluiu que o julgamento do então juiz federal Sergio Moro foi parcial.
‘Chega de vitimismo. Somos todos iguais, diz Bolsonaro:
O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou durante o debate da TV Band, neste domingo, 28, que seu governo foi o que mais aprovou leis em defesa das mulheres, e que é preciso que haja um fim nos processos de vitimismo. A resposta de Bolsonaro foi no terceiro bloco do debate, durante um questionamento feito pela candidata Simone Tebet (MDB). A emedebista disse que Bolsonaro votou, enquanto parlamentar, contra a lei das empregadas domésticas, entre outras que seriam voltadas aos direitos das mulheres.
Simone afirmou que ela mesma “já foi vítima de violência política” de ministros do governo Bolsonaro, mas não citou nomes. Na sequência, a candidata questionou.
“O que faz o senhor ter tanta raiva das mulheres”?
“Me acusa sem prova nenhuma. Começa dizendo que eu defendi um estuprador. Qual estuprador? Por que essa fama barata de me acusar como se eu não gostasse de mulheres. ´Nós fomos o governo que mais sancionou leis em defesa das mulheres”, afirmou Bolsonaro.
O presidente da República lembrou da participação da médica Nise Yamaguchi na CPI da Covid no Senado, no qual ela sofreu uma série de ataques por parte dos senadores. Bolsonaro ainda falou sobre os ataques sofridos pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro, que teve dados vazados por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Embora tenha participado da CPI na condição de convidada, a médica teve seu sigilo telefônico e telemático quebrado — ou seja, os senador.
“Onde estava a senhora, que era integrante da CPI da Covid? Escondidinha? Não foi lá defender as mulheres. Duas mulheres”, rebateu Bolsonaro.
“Discurso barato, de que eu agrido as mulheres, não cola mais. Se uma mulher fazer algo errado, ela tem de responder por isso e não ser defendida só porque é mulher. Chega de vitimismo. Somos todos iguais. E eu tenho certeza que uma grande parte das mulheres do Brasil me amam”, afirmou o presidente.
Bolsonaro aproveitou a oportunidade para defender as pautas de costuma, como a contrariedade ao aborto.
“Eu defendo a família, eu sou contra a liberação das drogas. Eu defendo as mulheres. Quando eu defendo as armas, no campo em especial, é para as mulheres se defenderem. Eu dei mais de 370 mil títulos de reforma agrária no Brasil e mais de 90% desses títulos foram para mulheres. Das cerca de 20 milhões de pessoas que recebem auxílio, cerca de 15 milhões são mulheres”, afirmou ele, que completou:
“O nosso governo faz por todos. Não divide. Nós somos um só país, uma só pátria. Por que me atacar? Porque eu acabei com a harmonia da corrupção”.
A pauta em relação às mulheres foi uma das principais do debate. Em um dos questionamentos feitos pelos jornalistas, a pergunta feita a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi se ele conseguiria se comprometer se, caso eleito, ter ao menos 50% de seu ministério composto por mulheres.
“Eu acho que é plenamente possível fazermos isso, mas não vou me comprometer com isso, porque posso passar por mentiroso’, disse Lula.
Lula não se compromete com auxílio de R$ 600: ‘Não está no Orçamento’:
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio da Silva, não se comprometeu com o pagamento de auxílio de R$ 600, caso seja eleito nas eleições de outubro. A declaração foi feita durante o debate da Band TV, na noite deste domingo, 28.
“É importante lembrar que a manutenção dos R$ 600 não está na LDO que foi enviada para o Congresso Nacional. Ou seja, significa que existe uma mentira no ar. A segunda inverdade é que o PT, há dois anos, reivindica os R$ 600 para o Bolsa Família. A bancada do PT votou favorável. A bancada do PT considera que o povo tem de receber, efetivamente, esse auxílio. Mas é preciso que façamos essa política concomitantemente com a política de crescimento econômico, com a geração de emprego, de oportunidade. Isso não está pensado em nenhum momento. O candidato adora citar números absurdos, que nem ele acredita. Ele já vendeu a Eletrobras e a BR. Está fatiando a Petrobras”, afirmou Lula.
A declaração de Lula foi feita no segundo bloco do debate, durante perguntas dos jornalistas. O questionamento sobre de onde sairia o R$ 600 para o pagamento do auxílio foi feito ao Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Lula tinha direito à réplica na resposta. Bolsonaro afirmou que, até meados do ano passado, a média de pagamento do auxílio era de R$ 192. “Nós passamos para R$ 400, com o voto contrário do PT”, disse Bolsonaro.
“No momento, o auxílio é de R$ 600 e nós vamos manter esse valor a partir do ano que vem. Logicamente esse auxílio se aproxima do mínimo necessário para a pessoa se manter”, disse.
Segundo Bolsonaro, a origem dos recursos para manter o valor do auxílio está sendo acertado com a equipe econômica.
“De onde retirar dinheiro? Tenho conversado com a equipe econômica, dentro da responsabilidade fiscal”, afirmou.
Ricardo Lima / Fonte: Redação Revista Oeste.