Em entrevista ao Financial Times, pré-candidato do PT sugeriu que investimentos sociais devem ir além de teto de gastos
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada nesta segunda-feira, 11, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a ideia de um governo sem teto de gastos. Segundo a publicação, caso eleito, o pré-candidato à Presidência deve entregar o Ministério da Economia na mão de um político, e não na de um comandante de perfil técnico.
Na reportagem, o jornal britânico repete clichês geralmente usados sobre Lula na imprensa estrangeira, descrevendo o triunfo de um ex-metalúrgico que virou presidente. No entanto, o Financial Times destaca também o petista como pivô de um caso de corrupção tratado como “o maior caso de suborno estrangeiro da história”, citando palavras do Departamento de Justiça dos EUA.
Da sua parte, entre o discurso habitual (“elite de mentalidade escravocrata”), críticas à operação Lava Jato (“me impedir de ser presidente”) e relatos de superação (“eu não comia pão até os 7 anos”), Lula deu ao jornal britânico indicações sobre como projeta o seu governo, economicamente.
Sem muitos detalhes práticos, o Financial Times afirma que o petista quer um “hábil político” no Ministério da Economia, assessorado por especialistas técnicos, como foi em seu primeiro mandato, então com a escolha de Antonio Palocci, em 2003.
Com a promessa de um governo de “credibilidade, previsibilidade e estabilidade”, Lula ainda voltou a defender uma administração sem as amarras de teto de gastos. Na entrevista, o ex-presidente argumenta que injeção de dinheiro na área social é investimento, mas prometeu não infringir leis de responsabilidade fiscal.
“Quando os pobres deixam de ser muito pobres e se tornam consumidores de saúde, educação e bens, toda a economia cresce”, afirmou Lula. “Aprendi muito jovem com minha mãe analfabeta que não podia gastar mais do que ganhava.”
Minha opinião: Só pelo teor da entrevista dá pra se tirar ótimas conclusões das intenções do ex-presidente, caso, volte à presidência. Cada um no seu quadrado, ministério da economia, tem que ficar com economista e assim sucessivamente. Ass: Ricardo Lima.
Ricardo Lima / Fonte: Revista Oeste.