Leila Pereira critica Conmebol após embaraço em punições por racismo: ‘multa é inferior a penalidades por atraso’
Na última quinta-feira (6), os atletas do Palmeiras Luihgi e Figueiredo foram alvos de racismo em partida contra o Cerro Porteño na Libertadores Sub-20. Após o ocorrido, a Conmebol, entidade organizadora do evento, divulgou que a punição do clube Paraguaio pelos atos cometidos seria uma multa de 50 mil dólares, o fechamento dos portões do Cerro na Libertadores Sub-20 e também o clube deve publicar em suas redes sociais campanhas de conscientização anti-racistas durante o decorrer da competição.
Após a divulgação da punição, o Palmeiras emitiu uma nota por meio de suas redes repudiando a punição branda enviada ao clube Paraguaio que ainda poderia entrar com recursos. Na noite desta segunda-feira (10), antes da partida entre Palmeiras x São Paulo pela semifinal do Paulistão, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira enfatizou que a multa por um minuto de atraso é maior do que a de racismo.
“Primeiramente eu queria dizer a minha indignação da pena aplicada pela Conmebol de 50 mil dólares e portões fechados, aliás o Cerro não está nem disputando mais, portões fechados Sub-20 que não tem quase público nenhum,acho que tinha meia dúzia de racistas lá nesse dia. E a multa de 50 mil dólares para um crime de racismo, quando se você atrasa um minuto para entrar em campo são 100 mil dólares, se acende um sinalizador são 78 mil dólares, vocês veja como a Conmebol encara o crime de racismo”
A presidente do Palmeiras ainda explicou que tanto o Alviverde Paulista quanto os clubes da Libra e da LFU assinaram uma carta e enviaram para a Fifa solicitando que a entidade intervenha na Conmebol para exigir punições mais rígidas para evitar esse tipo de crime. Além disso Leila Pereira também sugeriu que os clubes brasileiros abandonassem a Conmebol e se filiassem a Concacaf, já que na atual entidade o futebol brasileiro não é respeitado.
