13 dos 17 deputados federais disputam a reeleição.
Em Goiás, 377 candidatos vão disputar uma das 17 vagas de deputado federal a que o Estado tem direito, o que dá concorrência de 22,1 por cada assento disponível.
Dos atuais 17 deputados goianos, 13 disputam a reeleição: Adriano do Baldy (PP), Alcides Rodrigues (Patriota), Célio Silveira (MDB), Zacharias Calil (União Brasil), Flávia Morais (PDT), Francisco Júnior (PSD), José Nelto (PP), Lucas Vergílio (Solidariedade), professor Alcides (PL), Glaustin da Fokus (PSC), Magda Mofatto (PL), Elias Vaz (PSB) e Rubens Otoni (PT).
Em relação aos demais, delegado Waldir Soares (PL) e João Campos (Republicanos) optaram por disputar o Senado; Vitor Hugo (PL) é candidato a governador; Zé Mario Schreiner (MDB) não participará da eleição.
Confira alguns nomes considerados superfavoritos para conquistar uma das 17 vagas para a Câmara Federal:
Flávia Morais, Silvye Alves, Zacharias Calil, Jeferson Rodrigues, Matheus Ribeiro, Adriana Accorsi, Coronel Edson e Gustavo Gayer são as oito principais apostas
A Câmara dos Deputados conta com 17 parlamentares de Goiás. Portanto, a disputa eleitoral é uma guerra e é, por isso, que experts em política dizem que são os candidatos a deputado federal e estadual que articulam e movimentam as campanhas. No geral, as “mensagens” chegam aos ouvidos e mãos dos eleitores por ação dos postulantes a vagas na Assembleia Legislativa, em Goiânia, e na Câmara dos Deputados, em Brasília. Por sinal, o Estado tem 4.870.354 eleitores.
Com o apoio de políticos, marqueteiros e jornalistas, elaboraram uma lista dos candidatos considerados mais fortes para o pleito de 2 de outubro deste ano. São quatro situações que devem observadas. Primeiro, se há apenas 17 vagas, dez vão ficar de fora. Segundo, sempre há surpresas eleitorais, como Glaustin da Fokus, em 2018. Portanto, é perfeitamente possível que um candidato não listado, como Daniel da Agrobom (Podemos), Jovair Arantes (Republicanos), Edward Madureira (PT), Rodney Miranda (Republicanos), Sabrina Garcêz (Republicanos), Coronel Anésio(Podemos), e outros — apareça como eleito. Terceiro, a lista a seguir não está disposta em ordem de favoritismo, e sim alfabética. Quarto, há favoritos, e até favoritíssimos, que podem acabar derrotados.
Os que definiram a lista recomendam observar atentamente os favoritos do PSC e do Solidariedade. Glaustin da Fokus, do PSC, e Lucas Vergílio, do Solidariedade, são forte, mas terão coeficiente eleitoral? O PL terá condições de eleger quatro deputados federais: Gustavo Gayer, Magda Moffato, Major Hugo e Professor Alcides? Muito difícil. Acredita-se que elegerá de dois a três. Vai depender sobretudo da votação de Gayer.
Vamos conheçer alguns desses candidatos:
Adriana Accorsi/PT:
A deputada estadual é apontada como favoritíssima. Há quem aposte que será a mais votada do PT e que terá uma votação extraordinária em Goiânia. É a principal interlocutora de Lula da Silva em Goiás.
Adriano do Baldy/PP:
O deputado federal era, em 2018, tão-somente o candidato “de” Alexandre Baldy. Em 2020, adquiriu musculatura própria e tem força política junto a vários prefeitos, e de diversos partidos.
Alcides “Cidinho” Rodrigues/Patriota:
O deputado federal não é considerado um candidato “forte”. Mas é a principal aposta do Patriota. É o candidato do prefeito de Santa Helena, João Alberto, e do marqueteiro Jorcelino Braga.
Célio Silveira/MDB:
O deputado federal é o nome mais forte do emedebismo. Se o partido eleger apenas um parlamentar, é bem possível que seja o político de Luziânia — que é o grande nome do Entorno de Brasília. É pule de dez em Luziânia e Valparaíso de Goiás.
Coronel Edson/Avante:
O militar comandou a operação que caçou e matou o assassino Lázaro Barbosa. Tornou-se popular e, por isso, foi disputado por três partidos. Acredita-se que será um dos mais votados.
Dannillo Pereira/PSD:
O vice-prefeito de Rio Verde é apontado como um candidato consistente, sobretudo porque tem o apoio do prefeito Paulo do Vale. Porém, os dois favoritos do PSD são Francisco Júnior e Ismael Alexandrino.
Ênio Tatico/Podemos:
O empresário é a principal aposta do Podemos. O que se comenta é que a chapa do partido não o ajuda. Não será fácil o Podemos conquistar 170 mil votos — o necessário para eleger um deputado.
Flávia Morais/PDT:
Sem Delegado Waldir Soares (que será candidato ao senado), há quem aposte que a deputada federal será a mais votada do pleito de 2022. Em 2018, foi a segunda, exatamente atrás de Delegado Waldir.
Francisco Júnior/PSD:
O deputado federal é a principal aposta de seu partido. Se o PSD eleger apenas um parlamentar, acredita-se que será o político ligado à ala conservadora da Igreja Católica (Renovação Carismática).
Glaustin da Fokus/PSC:
O deputado federal é apontado como um candidato forte e com amplo apoio no interior. O problema é seu partido, que não tem uma chapa consistente. O PSC, para eleger um parlamentar, precisa de 170 mil votos. Há quem aposte que Glaustin terá cerca de 100 mil. Ficarão faltando 70 mil votos.
Gustavo Gayer/PL:
A respeito do youtuber o que se comenta é o seguinte: tanto pode ter 200 mil quanto 60 mil votos. É uma incógnita. Figura em todas as listas de favoritos do meio político. O bolsonarista é dos campeões das redes sociais.
Ismael Alexandrino/PSD:
O ex-secretário da Saúde do governo de Goiás é considerado um nome forte, sobretudo por causa de sua ligação com o governador Ronaldo Caiado.
Jeferson Rodrigues/Republicanos:
O deputado federal é a principal aposta do Republicanos e da Igreja Universal. Figura na lista dos favoritíssimos.
José Nelto/PP:
Há quem aposte que o deputado obterá cerca de 100 mil votos — ampliando sua votação em relação à eleição de 2018. É a segunda principal aposta do Progressistas. A primeira é Adriano do Baldy.
Lêda Borges/PSDB:
A deputada estadual tem alguma força política no Entorno de Brasília e é a principal aposta do ex-governador Marconi Perillo. Se o PSDB eleger dois parlamentares, ela deve estar entre eles. Se fizer um, há possibilidade de ficar fora da Câmara.
Lucas Vergílio/Solidariedade:
O deputado federal construiu uma base político-eleitoral consistente no interior. O problema dele é a chapa de candidatos a deputado, que não é forte. Resta saber se a chapa vai obter 170 mil votos para elegê-lo.
Magda Mofatto/PL:
A deputada federal não tem dó de gastar parte de seus milhões em campanhas eleitorais. Como “entrou” em Aparecida de Goiânia, nos braços de Gustavo Mendanha, ficou ainda mais forte.
Marussa Boldrin/MDB:
A pedra no seu caminho é Dannillo Pereira, candidato do PSD. Porque os dois são de Rio Verde, município que tem 140.230 eleitores. Por ser vice-prefeito, além de bancado pelo prefeito Paulo do Vale, tende a ser mais votado. José Mário Schreiner, deputado federal e presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), é seu principal general eleitoral. É uma das apostas do agronegócio.
Professor Alcides Ribeiro/PL:
O deputado federal montou uma estrutura político-eleitoral gigante em todo o Estado de Goiás. Sua principal força reside em Aparecida de Goiânia. Apesar da invasão de Magda Mofatto, ele continua forte no município, com o apoio de cerca de 10 vereadores.
Rafael Gouveia/Republicanos:
Ligado à Assembleia de Deus-Vila Nova, o deputado estadual ocupa o vácuo deixado pelo deputado federal João Campos (candidato a senador).
Rubens Otoni/PT:
O deputado federal é sempre eleito. Porque é um político presente em praticamente todos os municípios de Goiás. O PT tende a eleger dois parlamentares. Um tende a ser ele.
Silvye Alves/União Brasil:
A jornalista é popular e há quem aposte que terá cerca de 150 mil votos (ou até mais; comenta-se que pode se tornar a Delegado Waldir de saia). O União Brasil tende a eleger dois deputados: a ex-apresentadora da TV Record e o médico Zacharias Calil. Se os dois forem muito bem votados, o União Brasil poderá eleger até três parlamentares.
Yuri Tejota/Podemos:
É uma das apostas do Podemos. Ele é filho do conselheiro Sebastião Tejota, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e irmão do vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (União Brasil).
Zacharias Calil/União Brasil:
Eis um político diferenciado. Não dá tapinhas nas costas. Não faz promessas vãs. Não arranja dinheiro para aliados. Em 2018, foi o mais votado. Em 2020, há quem postule quem tanto pode ser um dos mais votados, com votação acima de 200 mil votos, quanto ter uma votação menor do que há quatro anos. Ele tem o voto de opinião — que tanto pode ser mantido quanto retirado.
Coronel Anésio/Patriota:
Oposição ferrenha ao Governador Ronaldo Caiado. Educação e segurança serão suas diretrizes nessa campanha. É a esperança de muitos militares para a Câmara Federal. Um dos seus grandes feitos é ser um dos fundadores dos Colégios Militares em Goiás. Pode ser uma das surpresas nessas eleições.
Ricardo Lima / Fonte: Francisco Costa/Mais Goiás / Jornal Opção.